PAIXÃO X AMOR

 

 

Da eternidade ao nosso planeta e vive-versa.

 

 

 

Todos nós, com certeza, já nos apaixonamos um dia.

Também já sentimos aquela tradicional “felicidade súbita”, o coração disparar, a excitação incontrolável e aquela alegria imensa que, sem querer, nos invade totalmente e nos deixa, “tomados” de emoção mais do que lúdica.

Entre a paixão e o amor existe uma linha divisória que os separa, mas como esse sentimento é avassalador, normalmente nos coloca em situação de risco e de muitas dúvidas, por isso se diz que a paixão é cega e cega.

O amor também nos propicia uma cegueira, só que aqui é totalmente diferente, o amor é um sentimento nobre e nos envolve na cegueira pela tolerância.

Quando esse sentimento não é aquela paixão avassaladora, trata-se então de um amor sincero, verdadeiro, e aqui, a tolerância é visível pela benevolência e pela amabilidade no trato.

Essa tolerância é exercida porque o amor é algo tranqüilo, sereno e ao mesmo tempo, forte e sólido.

Quando ele verdadeiramente se manifesta ou se instala, não se fica sujeito às trovoadas e não depende do humor e nem do desejo.

Esse sentimento é divino, pois sobrevive a tudo, tais como: a rotina, a convivência, as crises financeiras, as doenças, e a todos os problemas materiais, físicos e familiares.

Com relação à paixão, agora vamos tecer alguns comentários para identificá-la muito bem.

Antes de tercemos as considerações sobre o imediatismo da paixão, queremos afirmar também que, muitas das vezes, ela é um caminho silente que nos leva ao verdadeiro amor.

A paixão é caracteriza pela intensidade, pelo imediatismo, a falta de limites, apego exagerado e, inclusive, um entusiasmo demasiado pela pessoa querida.

Quando estamos realmente apaixonados, elaboramos indizíveis expectativas em torno desse relacionamento desmesurado.

Desta forma, acreditamos não existir problemas ou obstáculos para a eterna felicidade.

Ledo engano!

Tudo isso porque a paixão é cega e cega, aí os apaixonados enfrentam a tudo e a todos sem medo, entretanto o tempo passa e aquela expectativa é confrontada com a realidade.

Então os apaixonados se acordam, porque ali não havia um sentimento genuíno, ali simplesmente a paixão acaba, porque faltou lugar para que o amor se instalasse quietinho.

Mas se no bojo da paixão houvesse algo maior, aí sim, a paixão iria devagarzinho cedendo lugar e se transformando em amor.

A paixão é um espelho ou uma miragem do ego, isto quer dizer que é um estado totalmente ilusório ou, talvez uma necessidade subjetiva do inconsciente.

Todavia a paixão tem o seu valor no relacionamento homem/mulher, porque ela na maioria das vezes desemboca no amor.

Agora no amor, o relacionamento é mais profundo e duradouro, pois a vida pode até mesmo separar duas pessoas que se amam, só que ele será inesquecível para sempre, pois esse sentimento que tem vestígios imponderáveis pode, inclusive, alcançar às fronteiras da eternidade.

Temos muita literatura principalmente no campo espírita, a respeito de amores que se vão até a eternidade, assim como também prosseguem da eternidade até aqui no planeta, numa materialização reencarnatória obedecendo a desígnios inescrutáveis.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 20/05/2008
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