UTILIDADE

UTILIDADE

Nunca na vida tive tanta utilidade,

Pra ultrapassar as minhas barreiras.

Essas,a minha grande boa ideia,

Porque não encontro as maneiras.

Tudo neste saber tem uma medida,

Que são as regras logo desta vez,

Se o Poeta quer ter muita saída,

Tem que se aperfeiçoar imenso.

Ás vezes lá oiço o meu telefone,

A tocar. Trimmmm. Vou mesmo apressado,

Naquela atura vou mesmo a correr,

Será que estou mesmo enganado?

Na geometria descritiva vemos o cone,

Fazemos uma circunferência com secante,

Na matemática as contas estão ao lado,

Sei que nunca fui mesmo um bom estudante.

z Por vezes ninguém quer que eu seja,

Quando tenho uma conversa expedita,

Conheço muita gente que tem inveja,

Mas pensando bem ninguém acredita.

Contudo lá vou pé ante pé e peço,

A Deus que não me dê este castigo,

Sei muito bem que não mereço...

Mas tenho que ter cuidado co'o p'rigo.

Muita gente anda mesmo a estudar,

Com tanto desemprego que anda por aí,

Entementes não sei como lhe possa dizer,

Talvez este País ainda vá mas é acabar,

Ando esta noite fora da órbita a cogitar,

Esperando uma pessoa que desconfio,

No entanto descubro o que posso calar,

Mas eu poderei então perder o ,pio.

A mim ninguém quer dar as mãos,

Sou simplesmente uma grande pedra,

Desconheço quem me pode fazer tudo,

Conforme esta luta desta boa regra.

LUÍS COSTA

SEGUNDA-FEIRA, 11 DE DEZEMBRO DE 2006

TÓLU
Enviado por TÓLU em 27/12/2014
Reeditado em 17/12/2015
Código do texto: T5082535
Classificação de conteúdo: seguro