O meu Pai é o piloto.

Fui assistir a uma palestra na minha Loja Maçônica, ministrado pelo conferencista Rouwvel Rocca Ravena, uma reunião publica. Ele que em suas arguições e alocuções usa temas espirituais, e eu necessitando de temas neste sentido por ter pedido a esposa há dois meses e pouco e a filha há menos de um mês, fomos nesta, ultima terça feira 17/12/2013. Seus temas foram sugestivos e me chamou a atenção um em que destacava uma viagem de avião, que muitos têm medo, oxalá atualmente mais seguro que as viagens terrestres. A narrativa do enfoque refere a certos passageiros de determinado avião, que na manobra de aterrissagem, sofrera alguns contratempos, nada comum para uma viagem normal, talvez devido ao mau tempo, e congestionamentos no aeroporto, e que certo garoto acompanhava a aeromoça, no serviço de bordo. Os passageiros estavam todos estressados e com medo, pelas manobras que ocorriam e o garoto muito tranqüilo e ainda sorridente. Alguém lhe perguntou por que não estava preocupado, e quando este bradou, “O meu Pai é o piloto e eu confio N’Ele”.

Por falar em Piloto, a viagem da Vida, ás vezes nos faz parar pensar e rever a jornada e as perdas nos abate apresenta vazios, tristezas e somente o Pai Maior é capaz de nos guiar e sustentar, alicerçado no todo de boníssimo que foram os nossos entes queridos.

Este fato me fez também retornar ao túnel do tempo e lembrar quando criança ia algumas vezes com minha mãe e meu pai, quando convocados para rezar terços na casa de uns parentes.

Era inicio da década de 1950 e o problemas era que tínhamos de atravessar um córrego mais profundo e eu tinha muito medo, pois parecia que os animais até nadavam. O meu pai ia montado no cavalo “Rochedo”, animal fogoso e rápido, que exigia experiência do cavaleiro. Ele viajava com dois dos meus irmãos mais novos, no cabeçote e na garupa, e eu ia na garupa, com minha mãe mais um irmão no cabeçote do arreio, montados na égua “Serena”, animal mais tranquila, pois tinha que usar o chicote para andar mais depressa. A minha mãe sabia do meu medo e me encorajava, “vamos não tenha medo, segure firme ai no arreio que não há perigo.

Então a Vida é assim, confiar sempre no Piloto Maior.

Frutal, 22 de dezembro de 2013.

José Pedroso