Mistérios da alma

Há uma diferença ponderosa entre os conceitos de alma e espírito. Fiéis à bíblia acreditam que "...formou Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida; e o homem tornou-se uma alma vivente" (Gênesis 2:7). Essa ideia supõe que a matéria e “algo” que Deus soprou, formam juntos a alma.

Fica a impressão de que este “sopro” seja o que chamamos de espírito (já que vem do Espírito maior) e que o espírito humano se manifeste, aqui, na mente. Afinal, num cadáver, não é apenas a mente que some? O restante continua ali, com tudo que a ciência deveria conseguir sanar (ou substituir) e reanimar!

Esgotando o referencial bíblico, é fato que somos feitos de elementos químicos existentes no “pó da Terra” e é incontestável que temos uma mente privilegiada, que inclusive nos permite discutir a questão. E a coisa fica ainda mais curiosa se pensarmos que a ciência desconhece o local exato da mente.

A ciência não é capaz de manipular a mente, como faz com a matéria! E isso me faz acreditar que não o faz porque a mente está muito além do mundo “invisível”. Pois neste, a ciência pode criar os vírus e seus antídotos, separar e juntar células e moléculas, enfim, pode “fazer o diabo”.

Mas apenas a alma “completa” (de matéria e mente) pode levar os pensamentos para fora, com seus próprios “dispositivos periféricos”... Transferindo da mente as palavras para o papel, para as telas, e criando imagens significativas... Assim, o que um cadáver lhes diz?

Apesar de as respostas bastarem para crentes e incrédulos, aposto que a morte é o milagre que nos leva o espírito. Deixando chorar os que um dia, quem sabe, veremos também chorar, no momento em que voltarem para este mundo.