MAR IGNÓBIL. FABIO DAFLON. PACO EDITORIAL- 2010.

Tenho a honra de anunciar que acabo de receber os primeiros exemplares do livro MAR IGNÓBIL, que terá lançamento no Rio de Janeirro e em Vitória- Espírito Santo até o final do ano de 2010.

Preferi, como autor não escrever nada sobre o livro além do que já está contido no mesmo, mas transcrevo os textos das orelhas e da contracapa.

TEXTO DE 4ª CAPA

A fenomenologia poética no livro Mar Ignóbil é um dos traços mais marcantes presentes na obra. Não poderia ser de outra forma. O autor reuniu poemas sobre amor, medo, ira e dever, considerados por Mira y Lopes os quatro gigantes da alma, os três primeiros gigantes permitem a abertura da percepção, ou, ao invés disso, o seu embotamento. Enquanto o dever nasce do determinismo psicológico. Mas resistir a tortura da dor das frustrações, das desilusões, da dor física sempre imbricada com variáveis emocionais fez que o autor incluísse no livro poemas sobre dor. Entendida aqui também como um dos gigantes da alma, por, não obstante ser incômoda ou prazerosa, tratar-se de uma sensação física partícipe da fenomenologia da percepção.

Fabio Daflon, em sua poesia não idealiza, daí o título Mar Ignóbil, mas fala de amor, medo, ira, dever e de dor. Escreve sobre prazer, solidão do medo, do exercício da ira em seu grau maior de loucura, de como o dever redime ou mata o homem e de como a dor sempre é um entalhe na alma dos seres humanos.

Popular e erudito, o autor, comete uma injustiça ao não incluir entre os gigantes da alma o humor, embora este também se encontre presente em seu texto.

Stanislaw Balner

TEXTO ORELHA ESQUERDA

A poesia de Fabio Daflon gira num “eu lírico” pragmático sem pretensões de falso self ou verdadeiro self, numa perspectiva winnicottiana. A mística dos seus poemas tem base fenomenológica, como se estes fossem uma intensa formação reativa contra o embotamento do ser humano e de sua sensibilidade plena. Sem prescindir da técnica e dos conhecimentos clássicos da poesia, ainda assim, é capaz da catarse, da escatologia no sentido positivo da palavra. Em busca da descontração face aos sentimentos do amor, medo, ira, dever e dor.

No espelho do ser, é uma poesia de quem abriu as janelas para sentir o cheiro do mundo. Sem eira com beira, sem medo.

Oscar Cravo

Fabio Daflon é pediatra (FCM-UERJ-1978). Publicou o livro “Título Provisório em 1981; em 2002, “Vento passado_ Memórias do Recruta 271”, com seu pai Alberto Daflon,; em 2005, Hipotenusa & Outros Escritos. Em 2009, Algo Sem Gesso junto com Alberto Daflon, filho. Foi médico da Marinha do Brasil. Tem especializações em Medicina Psicossomática, Gastroenterologia Infantil e Estudos Literários pela UFES.

Pedidos poderão ser feitos a editora no site www.pacoeditorial.com.br.