Hora e vez

É agora

Agora é a hora

É agora ou nunca

A hora e a vez

É a vez da voz

É a voz que clama

Reclama e proclama

Voz que não se cala

Mais cala profundo

Lá no fundo d'alma

A alma que pena

De perder a calma

E é alma vivente

Que vê, ouve e sente.

É voz de trombetas

Na fúria da guerra

Nos cantos da terra

Aqui e acolá

Síndrome de morte

Pânico nos homens

Que extermina nomes

Com ou sem renome

Que mata de fome

Na seca do norte

Ressecando tudo

Com fome de fogo

Um fogo tão forte

Que quem tem mais sorte

Se afoga na enchente

Morre de euforia

Ou na pandemia

Que a voz anuncia

Voz de profecia

Que se cumpre agora

É a vez da voz

É a voz da hora.

Idalécio Coutinho

IDAL COUTINHO
Enviado por IDAL COUTINHO em 06/01/2020
Reeditado em 25/04/2020
Código do texto: T6835899
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