Aos esperançosos
Do amor nasce o sábio imaculado,
Se em saber do amor não há segredo,
Tem em si o amor que não é buscado,
E o amar espontâneo é seu credo,
Aprendido no Éden benfazejo,
No jardim dos prazeres inocentes,
Desde ósculos, puros, adolescentes
Até à maturidade do desejo.
Nasce o sábio; mas quem ignorante,
Vai buscar algo além na experiência,
Fará do amor mera insistência
Em amar, em amar, mais adiante;
Sem parar nem sentir o passo e a dança,
Manterá o amor como esperança.