Ao fogo da paixão que se consome
O fogo azul pertence ao maçarico,
É o ponto da fogueira mais febril,
No azul se queimo a carne esturrico,
Como tivesse febre, ainda ébrio.
Em dança é a labareda sempre rubra,
Que açula os sentidos de quem ama
Até que a chama azul venha e cubra
De ponta a labareda que reclama,
Por ser a dançarina em combustão
No topo dessa chama azulada,
Na base da fogueira como um chão
Em brasa onde pisa apressada
E dança o real fogo da paixão,
Com medo de cair, ser abraçada.