Miosótis - no me olvides
De olho amarelo e flor azul celeste,
as margens de um rio muita miosótis
podiam ser colhidas para encher potes
e agradar a noiva do jovem pedestre
que afoito se afogou ao cair na corrente
sem deixar de pedir que não o esquecesse
a noiva de joelhos que rezava prece,
a tonta do pedido mostrado imprudente.
Tolices por amor se contam bem diversas,
mas nunca peças flores, em tolas conversas,
para um namorado que não seja peixe
do rio da sensatez, com leveza e charme.
Acaso a desaponte, sorriso desarme,
normal que ele às vezes sozinho a deixe.