Miosótis - no me olvides

De olho amarelo e flor azul celeste,

as margens de um rio muita miosótis

podiam ser colhidas para encher potes

e agradar a noiva do jovem pedestre

que afoito se afogou ao cair na corrente

sem deixar de pedir que não o esquecesse

a noiva de joelhos que rezava prece,

a tonta do pedido mostrado imprudente.

Tolices por amor se contam bem diversas,

mas nunca peças flores, em tolas conversas,

para um namorado que não seja peixe

do rio da sensatez, com leveza e charme.

Acaso a desaponte, sorriso desarme,

normal que ele às vezes sozinho a deixe.

Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 07/12/2008
Reeditado em 23/07/2016
Código do texto: T1322907
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