Uma arma para o covarde

Sentir acesso à fúria sem perder

Cabeça só consigo com a escrita,

Na pena, sinto força, alma grita,

E a ira sempre posso esconder,

Pois nunca rejeitei quem bem profliga.

Nos punhos contra punhos vi morrer

A força do diálogo ou o ser

Que tenha em si a verve como amiga

De sangue na palavra que escreva

E possa lancetar todos os olhos,

Apenas para ver cair a lágrima

Que lave da sarjeta toda treva,

Remova do olhar todos antolhos

E traga ao covarde uma esgrima.

Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 17/12/2008
Reeditado em 08/01/2010
Código do texto: T1339912
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