O amor real

Pegadas de impurezas no caminho

Eu vi quando andava pelo círculo

Sem volta, sem saída; hoje escaninho

Teu corpo sem presságio, qualquer cálculo

Que traga ao amor algum indício

Vulgar ou animal subjacente

De macho habituado a algum vício,

Que o faça menor do que o que sente.

Por ser tão amorosa a relação;

O espírito se encontra com o corpo,

Não sendo tão-somente sensação

Que une os amantes numa calma.

Pois há uma comunhão além do copo

De clímax que bebem com a alma.

Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 23/12/2008
Reeditado em 08/01/2010
Código do texto: T1349416
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