Aos jovens que não sabem amar
O amor em juventude, quando hostil,
É um arrebatamento doloroso,
Renega o afeto: inconsútil!
É incapaz do beijo no leproso.
Traduz uma carência violenta,
Num copo em que há cólera e há álcool,
E mata o sentir de forma lenta,
Ao torturar a presa em um crisol.
Na hora inconclusa do crepúsculo,
Ao seu amor rejeita doce ósculo,
Não chega a ter sequer um prazer sádico,
Pois nega ao seu amor o sentimento
Se está sob abandono no amor cego
Em quem naufraga em mar do próprio ego.