SONETO FORA DE MÉTRICA

Julho de 1980

Deixe a conta; cobre o preço;

pago mesmo assim, sem saldo;

sei no fundo, que o respaldo

não tem base ou endereço...

Lanço cheque onde me cobra

seja qual valor o mundo,

caso algum não tenha fundo

já gastei a minha sobra...

Estou nu até na essência,

como mato e gafanhotos

e respiro feito leque...

Deixe a conta e a paciência,

pago até com meus canhotos

quando não puder dar "xeque"...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 18/02/2009
Reeditado em 18/02/2009
Código do texto: T1445358
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.