Banho
Com nuvens de sabão na cabeleira,
o sonho está desperto em cada fio,
na moça que tem eira e tem beira,
enquanto em sua pele há calafrio.
Agora espuma escorre pelos flancos,
e dorso sob ducha do chuveiro,
enquanto ensaboa os braços brancos
com o seu sabonete de bom cheiro.
Diáfana a água escorre rápida,
mas ela lentifica os movimentos,
desce a ponta dos dedos até os pés;
Relaxa sob chuva de água tépida,
tenta purificar-se de tormentos,
aprendendo a contar sempre até dez.