Delírio de março

Agora que é março, e o mar se apresenta

em toda sua volúpia de água e de manto,

sinto que o amor que te dedico e canto

Chega como maré montante e só aumenta,

ao ver aproximarem-se sereia e homem

na franja duma praia que antes deserta,

abre-se aos amantes na manhã desperta,

na hora em que do céu todas as nuvens somem.

Um dia ambos sabemos que será abril,

sem formosas canções que nós premeditados

nos lábios secaremos em febre e delírio.

Talvez algo se faça estar triste e ébrio,

mas com os sentimentos todos embriagados

na tua pele turva colherei um lírio.

Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 23/02/2009
Reeditado em 29/02/2016
Código do texto: T1453943
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