Romance Proibido

Romance Proibido

A chuva fina escorrendo suave pela vidraça

Parece um cântico de louvor à imprudência

Na loucura da paixão o pecado é qual fumaça

Desvanece no ar, omissa a qualquer resistência.

Nos abraços a fúria do desejo é mero vulcão

Nos beijos o fogo ardente que arde incansável

Os corpos buscam fremente a plena satisfação

Embarcam aturdidos nessa luta memorável.

Na torrente de emoções que avassala todo ser

Gemidos incontidos revelam com total clareza

A glória do amor explodindo em ondas de prazer...

Mas o relógio é um estorvo ingrato, assaz cruel

Traz à tona a realidade dura atenuando a beleza

De um romance proibido num quarto de motel.

Norma Bárbara

Norma Bárbara
Enviado por Norma Bárbara em 19/03/2009
Código do texto: T1494554
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