Bandeira negra
A paz bandeira negra inconsciente
tremula com caveira de pirata,
a lua é um crânio sob ventre
nenhum sol nunca atinge sua prata,
se tem fosforescência vem da alma
fulgor ou humildade ao dormir,
como se apagasse a própria aura
com fito de sonhar sempre no rio
das águas dos instintos serenados.
Bandeira negra assim em meu navio
hasteio sem ter medo do obscuro,
o mar desfeito ao ser agora um lago
comporta um canhão e um pavio
que acendo quando sinto estar seguro.