Bandeira negra

A paz bandeira negra inconsciente

tremula com caveira de pirata,

a lua é um crânio sob ventre

nenhum sol nunca atinge sua prata,

se tem fosforescência vem da alma

fulgor ou humildade ao dormir,

como se apagasse a própria aura

com fito de sonhar sempre no rio

das águas dos instintos serenados.

Bandeira negra assim em meu navio

hasteio sem ter medo do obscuro,

o mar desfeito ao ser agora um lago

comporta um canhão e um pavio

que acendo quando sinto estar seguro.

Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 28/03/2009
Reeditado em 31/12/2015
Código do texto: T1510611
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