Olhos de Vidro

Cristais sem cor, luz da sombra morta.

O diamante que de lapidar se esqueceram

Da alma escura trancada a porta

Olhos de vidro que tanto sofreram.

Cintilam em lágrimas marejados de sal

Olhos que transbordam de brilho fascinante

Transparência ignorante não conhecem o mal

Olhos de vidro, doce brilho cintilante.

Cristalinos espelhos de reflexo impuro

Olhos da verdade que me cegam

Luzes azuladas me encontram no escuro

Vidro em olhos, olhos de vidro.

Transparente verdade que não quero saber

Nesses olhos encontro a resposta que temo.

Marina Dalmass
Enviado por Marina Dalmass em 04/04/2009
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