Um mistério

O pé que amassa a vinha amassa a ira,

E o vinho que bebemos nos conforta,

Mas há quem fique bêbado e pira,

Matando uma mulher atrás da porta.

E nesse homicídio vil e torpe,

Bebida com mistério se mistura.

O sangue escorrido o ralo entope,

E o assassino é triste figura.

Está sem condições de responder

Ao interrogatório da polícia,

Nem lembra do facão utilizado.

Dali ele não pode se mover,

Estupro não foi visto na perícia.

Ninguém o conhecia no pedaço.

Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 04/05/2009
Reeditado em 08/01/2010
Código do texto: T1574486
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