Bebum
Torna-se garanhão, mesmo que tímido,
Após beber garrafa de cachaça,
E pode alcançar glória ou desgraça,
Aquele que no álcool destemido
Lança-se às ruas. Forte e convencido,
A fim de na manguaça, como líquido,
Afogar todas mágoas do passado,
Do presente ou futuro num só sábado.
Esquecer então sina ou desdita.
E agora no algodão da alma aflita
As dores embeber num curativo;
Como se penso forte e oclusivo
Parasse de sangrar homem ferido,
Por quem disse ser só do bom marido.