Bebum

Torna-se garanhão, mesmo que tímido,

Após beber garrafa de cachaça,

E pode alcançar glória ou desgraça,

Aquele que no álcool destemido

Lança-se às ruas. Forte e convencido,

A fim de na manguaça, como líquido,

Afogar todas mágoas do passado,

Do presente ou futuro num só sábado.

Esquecer então sina ou desdita.

E agora no algodão da alma aflita

As dores embeber num curativo;

Como se penso forte e oclusivo

Parasse de sangrar homem ferido,

Por quem disse ser só do bom marido.

Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 12/07/2009
Reeditado em 08/01/2010
Código do texto: T1696325
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