SEM VOCÊ

Caminhão sem ditado popular;

mar sem onda, salmoura ou horizonte;

menino sem desejo de pular,

matéria jornalística sem fonte...

Um sermão sem platéia, palco, monte,

uma casa que deixa de ser lar;

sou Rio-Niterói sem barca e ponte,

réu que vai à prisão sem apelar...

Desde sua partida estou sem chão,

qual político sem corrupção;

mais perdido que punk em monastério...

Campeão que por fim perdeu a luta,

padaria sem pão; bordel sem puta;

uma gruta vazia de mistério...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 22/07/2009
Reeditado em 22/07/2009
Código do texto: T1713526
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