À fuga do diabo
Sonhei com um ladrão que me tirava
do sério, dos estudos, da redoma,
tentei mas esse monstro ninguém doma;
fugiu do podre catre onde estava.
O ódio que senti das suas fugas,
esgar trouxe ao sorriso, trouxe rugas,
bastava que o tornasse aprisionado,
fugia da cadeia. Agora alado.
Achei que fosse um anjo, anjo caído!
Lavrei um exorcismo na Igreja...
e livre eu o vi, não sem inveja
Sorrir ao homem triste, derrotado,
a quem nunca existira de verdade,
ser pobre, sem qualquer felicidade.