Amor inocente

Amor inocente

Andarilho Poeta, cúmplice silente

Ouvidor da escrita dos montes

Suplica baixinho; não quero que me contes

Deixe guardado segredo inocente!

Dos ecos, como lâmina fria pungente

Atravessaram-me ânsias das fontes...

Escutei tanto desejo aflito e ardente

Sei, pela vileza aniquilaram-se pontes...

Estou repleto das entranhas do solo ardente

Das profundezas dos mares

Das estrelas antigas...

Povoam-me, inclusive, não nascidos luares

Também lamentos dos lares, disfarçados em cantigas...

Suplico dai-me o justo silêncio e, amarei-te docemente...

virgínia vicamf
Enviado por virgínia vicamf em 03/10/2009
Reeditado em 19/10/2021
Código do texto: T1845838
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