“FRONHAS BORDADAS”.
        (Soneto).
 
A saudade era malvada
Quando vivias distante,
Eram longas as madrugadas
Sem carinho igual a antes.
 
Quando os pássaros cantantes
Ao chegar da alvorada...
Não via mais minha amante
No nosso leito deitada.
 
Via uma manta dobrada
Sobre a cama estirada...
E um lado da cama vazio.
 
Lá fora, às relvas molhadas,
Olhando as fronhas bordadas,
E um travesseiro tão frio!