Batalha naval
Oh! flor do céu.Oh!flor cândida e pura!
Oh! flor fatal! Oh! Vênus prateada!
Diáfana no azul ou em noite escura,
ventre de luz nascida em geada...
Teu rastro como um caule a bombordo,
na quilha do navio, corta o mar
em mil contas de vidro com que bordo
o cântico sofrido por ter amar,
sem ter a esperança de alcançá-la
antes de a madrugada a esconder
na luz ou na adaga que açacala...
É um náufrago que canta a sua malha
de luz, rede sem cordas, vou morrer.
Perde-se a vida, ganha-se a batalha!