Batalha naval

Oh! flor do céu.Oh!flor cândida e pura!

Oh! flor fatal! Oh! Vênus prateada!

Diáfana no azul ou em noite escura,

ventre de luz nascida em geada...

Teu rastro como um caule a bombordo,

na quilha do navio, corta o mar

em mil contas de vidro com que bordo

o cântico sofrido por ter amar,

sem ter a esperança de alcançá-la

antes de a madrugada a esconder

na luz ou na adaga que açacala...

É um náufrago que canta a sua malha

de luz, rede sem cordas, vou morrer.

Perde-se a vida, ganha-se a batalha!

Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 07/06/2010
Código do texto: T2306383
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