NASCI ALENTEJANA
Também nasci no Alentejo
Numa noite muito escura,
Entre um espirro e um bocejo
Deram-me ordem de soltura.
Quando o meu pai acordou
A familia tinha aumentado,
Disse: então o gajo chegou!
... Parece vir esfomeado!
Logo ficou a saber
Que quem acabou de nascer
Era outra rapariga
Já tinha duas, agora três,
E com alguma tímidez
Escondi a mão fazendo figa.
Autora: Maria Custódia Pereira
2010