Gangorra

Em gangorra sem chão nós balançávamos,

e o espaço do universo era gratuito

como o ar respirado, como o fruto

colhido de um galho que alcançávamos;

balançavamos febre em gangorra

e gratuito prazer era o universo,

precedente a Sodoma e Gomorra,

precedente a reza dalgum terço;

fixação nos olhares nos bastava,

uma trena nos punha em mesmo plano

na gangorra sem chão onde brincávamos

de ceder todo peso ao equilíbrio

que unia desiguais no mesmo sonho

da gangorra sem chão onde não há queda.

Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 12/09/2010
Código do texto: T2493934
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