MEU FILHO
Há 30 anos, passei a noite sem dormir
Estava grávida, com o tempo já no fim,
Às cinco da manhã lembraste-te de sair
Recordação que guardo só para mim.
Quatro quilos e cem, que matulão!
Foste o bebé maior da enfermaria,
Não fizeste muitos estragos... não!
... Eras um bebé lindo como eu queria.
Hoje, cresceste, estudaste, estás formado
Engenheiro, trabalhando... homem casado,
Será... que já vem por aí um neto?
Vivo sonhando há muito com esse dia
De ser avó... sentir tão doce alegria,
E assim termino por hoje este soneto.
Autora: Maria Custódia Pereira
16-09-2010