“DEITADOS NA AREIA”.
           (Soneto).
 
Diante do teu olhar
Ao clarão da lua cheia,
Pude sentir o pulsar
Do sangue na tua veia.
 
Depois te ouvir ressonar
Juntos deitados na areia,
Ao longe ouvi o cantar
Da solitária sereia.
 
Quando olhei pro amplidão
Em que a lua conspirava,
Com a mais pura paixão.
 
Pude sentir a sua mão
Que inconsciente acariciava,
Despertando o meu vulcão.