O RELÓGIO TEM FOME
O relógio tem muita fome de verdade,
É preciso lhe dar de comer a sério…
Se não morre, como tal, é o mistério
Abre a boca, temos que lhe dar à vontade.
Se não ele deixa de viver, é uma realidade,
As horas qu’ele nos dão, neste critério…
È a voz dele, a conversar conosco, etéreo
Portanto, vamos dar-lhe de comer, tem idade
O coração dele é mesmo muito sensível,
Porém, até, de verdade, tudo é possível,
Mas o relógio é nosso amigo de peito.
Contudo, todos precisam dum belo relógio,
Ele morre de fome, vendo o problema, ópio
Fica carente, apaixonado, mesmo sem defeito.
LUIS COSTA
Sábado, 13 de Novembro de 2010