“EXUBERÂNCIA”.
       (Soneto).
 
Perdeu-se a luz na distância
Quando eu estava a velejar,
Aonde a aventura da infância
Fez-me viver sempre a sonhar.
 
Eu olho a flor desabrochar
Ao inalar a sua fragrância,
Pende do galho ao serenar...
E exalta a sua exuberância.
 
Ah! O universo tem beleza!
Ao poetar a natureza...
Recito a lua céu e ar.
 
Ah! É incalculável tanta riqueza,
Na luz do sol uma vela acesa,
Ou um grão de areia no alto mar!