OS BARCOS

Os Barcos dormitam nas areias,

Numa luta feroz por esta vida,

E navegam horas e horas e meias,

P'ra descobrirem vidas esquecidas.

Os Barcos revoltam-se destas cheias,

Porque foram escravos nesta lida,

Tiveram sofrimento (Perderam a vida),

Por não serem livres com suas ideias.

Os Barcos ficam triste pelas vidas,

Porque não encontraram a Liberdade,

É por isso que é outra realidade.

A dor brutal do Mundo cheio de Feridas,

Mas a vida foi sempre mesmo desigual,

Os Barcos calmos reclamam o seu mal.

Fernando R. Martins

pseudônimo de LUIS COSTA

IN A NOSSA ANTOLOGIA

(VI VOLUME)

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE POETAS

DEZEMBRO /1991

TÓLU
Enviado por TÓLU em 27/06/2011
Reeditado em 29/08/2016
Código do texto: T3059387
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