A CHUVA CANTA

À tarde a chuva canta imenso,

Na voz rouca do Fado portanto,

Enquanto eu enxugo um lenço,

À procura d’encontrar o canto.

Lá vai o cântaro à fonte, penso…

Naquele regaço do meu manto,

Porém, o sonho da noite intenso,

Com lágrimas do meu belo pranto.

Pediste-me um beijo na cambraia,

Na ébria saudade desta mi vida,

E a tarde com a sua bela saia.

Se encontrava muito despercebida,

Na pérfida do meu qu’rido desejo,

Onde o Amor é um grã beijo.

LUIS COSTA

23/O3/2011

TÓLU
Enviado por TÓLU em 28/06/2011
Reeditado em 17/09/2016
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