Sonhos de amor
Quando vi teus olhos morenos,
ao fitar-te a face perene,
a íris-mel dos olhos serenos,
a cor suave, rubra e tênue,
Enleado em garras de luz,
de olhos, de olhares, de voz.
Um sorriso a fazer-te jus;
um brilho de lamina atroz.
Eu me vi fadado ao fio;
à triste ventura sagaz;
ao frio que emana tal dor.
E do gélido alento ao cio
sentir-te em meu peito fugaz,
e então beijar-te em sonhos de amor.
Zezinho França