Soneto da despedida.

De repente da luz fez-se as trevas

E da paz fez-se o espanto

Da vida um acalanto

Uma tristeza deveras.

E do amor fez-se o aborrecimento

E da alegria fez-se o pranto

Sem lágrimas no entanto

Da quietude deu-se o tormento

E como a pluma espalhou-se ao vento,

E como a palha queimou-se ao léo,

E como a espuma dissipou-se então.

E no ser abriu-se um vão

e a vida de viver esqueceu,

E na despedida, consegui seu intento.

Zezinho França
Enviado por Zezinho França em 08/11/2011
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