“VELHA CARCAÇA”.
(Soneto).
Enquanto o corpo disfarça
Induzindo ao ledo engano,
Olhando a vida que passa
Camuflando ano a ano.
É igual prender fumaça
Segredo embaixo do pano,
Esconde a velha carcaça
Num desespero profano.
O acúmulo explode um dia
Revelando a velharia...
Que tanto quis esconder.
Mas é óbvia a profecia
Contrária sabedoria,
Quem vive só por viver.