MINHA ALMA VAGABUNDA QUER VIVER
A minha alma faminta quer viver!...
Quer partir em viagem sem ter rumo,
Pois o destino está envolto em fumo
Desde o momento que sonhamos ser.
Minha alma vagabunda vai querer
Enfrentar as loucuras que eu assumo,
Como se a vida – tal fio-de-prumo –
Tivesse um trilho para o tem que ser!...
Mas, entre ser e querer, muito existe! …
Nós temos sempre sede de aprender:
O corpo, – a muitas mágoas – lá resiste;
A alma, – com esta prova – vai crescer!...
E, embora a Vida possa ser bem triste,
Por fim, dizemos: COMO É BOM VIVER!!!
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NOTA PARA OS MENOS ATENTOS: Todos os meus SONETOS cumprem as regras clássicas; para quem acha que isso é coisa do passado e que as regras amordaçam os sentimentos que se pretendem passar, eu apenas posso admitir que são maneiras distintas de sentir e viver a poesia.
Dá-me prazer criar um soneto segundo as normas, embora este possa levar-me algumas horas a fazê-lo!...
Bem sei que neste espaço de tempo poderia criar vários textos sem terem a condicionante das regras, alguns deles porventura mais interessantes que o aquele que vos apresento...
No entanto há que respeitar, se não as ideias, pelos menos as intenções de cada um, e custa-me encontrar sonetos criados sem um mínimo de rigor!
Viva o SONETO clássico, o principe da poesia!
Um abraçooo poético!