A vitória do poeta.

A luta parecia tremenda quando o herói,

Empunhando a lança, lançou o demônio ao fogo

E berrou o grito de vitória que corrói

O mal e o medo que, como todos, trago.

Não foram lágrimas de tristeza que as donzelas soltaram

À chegada do herói que, retirando o elmo, riu de alegria:

Era a chegada de uma nova era, em que os que partiram

Retornariam em silêncio prestes a desabarem à contagia.

Não, não quero mais viver sem esse sentimento de cólera

E sem a força para vencer o monstro que me atrapalha

E que destrói os corações das moças com medo da fera.

Sim, quero o sentimento de ventura que o vencedor espalha,

Quando, retornando da batalha, encontra o povo à sua espera,

Pronto para dizer mais uma vez a palavra de vitória que a estátua entalha.

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 14/08/2012
Código do texto: T3830693
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