“O SOAR DO CLARIM”.
(Soneto).
Quando chega o fim do encanto
Finda o que dizia amor,
Hora de secar o pranto
Do piar do beija-flor.
Alguém vai chorar num canto
Despojar o seu pudor,
Outros apelam pra o santo
Outros choram a sua dor.
Tudo na vida tem fim
Até a flor de um jardim,
Tem o seu dia de murchar.
Quando o soar do clarim
De um anjo querubim,
Vier a nós, para anunciar.