Sonhos alados

Sonhos alados

O gosto salgado d’ma lágrima na boca

Faz-me atuais conceitos rever

A realidade açoita-me como louca

Retalhando a ilusão do meu querer

Os sonhos ficaram alados na brisa rouca

Flocos de esperança que não pude deter

A dor que desliza no papel é pouca

O coração fechou-se para esquecer

Outra vez o engano bateu-me a porta

Para eu aprender por vias tortas

Que vento levou o que trouxe um dia

Grãos de carinho caíram no deserto

Molhados com indiferença por certo

Feneceu envolto numa aragem vadia.

Norma Bárbara

Norma Bárbara
Enviado por Norma Bárbara em 22/09/2012
Código do texto: T3894950
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