“CHUVA E MULHER”.
(Soneto).


Altas horas que chovia
Adentrando a madrugada,
Alguém ao lado dormia
Sem sentir-se incomodada.

Bem distante estava o dia
Nem sinal da alvorada,
Eu e a minha fantasia...
E o barulho da enxurrada.

Olhava a mulher tão bela
Sob a luz da fraca vela,
Aguçando os meus desejos.

Sob a veste amarela
A transparência revela,
E impaciente dou beijos.