Soneto do perdão...

Vi entrar em tuas entranhas a adaga do castigo,

Um castigo fugaz e efêmero de um vagabundo...

A adaga do amor e da paixão de um amante

Do qual só não mais digo

Porque o resto é mais imundo,

Vi como ao Inferno viu Dante...

Choro com lágrimas de desgosto nestas palavras,

Lágrimas secadas pelas letras de agora,

Mas que marcarão eternamente malvadas

Os corações dos leitores da aurora...

Mas um sorriso de alívio vem-me atravessar o dorso,

Uma sensação de paz e bem-estar que vem no fim...

Sou um sortudo por te ter de longe sem fazer nem curso

Para te escrever o poema da extrema unção de mim...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 13/11/2012
Reeditado em 13/11/2012
Código do texto: T3984288
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