A dor é vida...

Oh dores dos desgraçados cujo sofrimento não tem fim,

Vós sois obra do pecado de um poeta do perfeito,

Porque as alegrias são processos que acabam assim:

Como se não fossem o que foram no meu peito...

Mas por que tanta tristeza para uma só humanidade?

Por que tanto desespero, tanta melancolia?

Queria eu ser poeta de verdade

Para banir de vez essa nostalgia...

E pôr no lugar a duração da efêmera vitória

Que se sente em ter alegria,

Mas sinto-me perdido, se vencido, vem tristeza...

Mas a dor da vida é uma glória,

A mágoa se sente com a boemia

Dos amantes da vida, sua realeza...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 30/03/2013
Código do texto: T4214471
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