“ESPUMA DE SABÃO”.
            (Soneto).
 
 
Se alguém chamar-me louco
Eu não me sinto ofendido,
Todo humano tem um pouco
De maluco em seu sentido.
 
Eu às vezes fico rouco
De gritar, sem ser ouvido,
Esmurro a mesa, dou soco;
Só paro se for contido.
 
Às vezes tudo é em vão...
O pedido de atenção,
Para o assunto importante.
 
Igual espuma de sabão
Não serve pra lavar a mão,
Bonita, mas irrelevante.