De mim para um túmulo

Solitário eu parei um certo dia

Num túmulo que estava abandonado

Ouvi a voz nefasta de um finado

Que na campa fúnebre já dormia

A voz macabra gemendo me dizia:

Você amigo está um pouco definhado

Ouvindo isto eu fiquei desmoronado

Com um ente afônico que morria

A voz tétrica fazia um escarcél

Estremecendo no grande mausoléu

Assombrei-me com aquela voz nefasta

Fiz um discurso perante aquele túmulo

Dizendo: amigo, você é o acúmulo

Que conserva a glória dessa casta

Poeta Agostinho
Enviado por Poeta Agostinho em 26/10/2013
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