De mim para um túmulo
Solitário eu parei um certo dia
Num túmulo que estava abandonado
Ouvi a voz nefasta de um finado
Que na campa fúnebre já dormia
A voz macabra gemendo me dizia:
Você amigo está um pouco definhado
Ouvindo isto eu fiquei desmoronado
Com um ente afônico que morria
A voz tétrica fazia um escarcél
Estremecendo no grande mausoléu
Assombrei-me com aquela voz nefasta
Fiz um discurso perante aquele túmulo
Dizendo: amigo, você é o acúmulo
Que conserva a glória dessa casta