SOZINHO

Um luar de neon; forjado brilho

duma lua de gás que apenas flerta;

ela foi a canção sem estribilho

entoada no vão da voz deserta...

Foi aquela certeza tão incerta

quanto rumos voláteis de andarilho,

feito grande fortuna em mão aberta

ou a locomotiva sem o trilho...

Ela nunca foi sempre; sempre tinha

tanto nunca na forma de ser minha,

que me dei por feliz de quando em vez...

Pela vaga esperança no depois,

fui amando sozinho por nós dois

a quem sempre se amou por dois ou três...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 30/10/2013
Reeditado em 30/10/2013
Código do texto: T4548265
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.