TERMINAL DO INFINITO

Dia desses a gente se recorda;

nossa vida compõe um novo esboço,

mas primeiro te livra dessa corda

que parece apertar o teu pescoço...

Sai do fundo insondável desse poço;

vem aos olhos, te mostra sobre a borda;

cospe a vespa, descome o teu caroço

e me chama no tom de quem acorda...

Tem um tempo esperando pra ser novo,

há um mundo que volta pro seu ovo

como sábia lição de recomeço...

Mas não tarda pra dar o teu sinal,

pois o meu infinito é terminal;

minha espera já quer quebrar o gesso...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 18/01/2014
Reeditado em 18/01/2014
Código do texto: T4655117
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