A alma: mar e tempestade...

O mar semelhava a tempestade que semelhava o mar,

As ondas flamejavam com os raios num oceano gelado,

Um poeta cantava os tormentos dos marinheiros a navegar

Debaixo de um Céu que chorava qual poeta desamado…

Havia o canto das sereias que gritavam os horrores do amor

E a lembrança de poetas dantescos e antigos, com vozes

De Homero, Hesíodo e Fernando Pessoa a expressar a dor,

Mas a eterna solidão, a paixão desassossegada, ali nos mares…

Era o sofrimento dos pescadores de mensagens corriqueiras

Que o vento levava qual Hermes a levar a mensagem

Que Eros usava para provocar os amantes apaixonados…

No entanto, a luz do Sol mostrava o verso e as mulheres parideiras

Que o canto de um finado molhou no ar e deixou uma chantagem:

Que nenhum poeta sofra sem amar, e, amando, seja amado...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 26/01/2014
Reeditado em 26/01/2014
Código do texto: T4665921
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