A cheia de 1985
Oitenta e cinco marcou a nossa gente
Com a cheia fatal e desumana
A tristeza maior da massa humana
Foi ver a água devastar seu ambiente
Esse clima nefasto e decadente
Abalou nossa terra puritana
Vi de perto também Jaguaruana
Transformada num pranto comovente
Vi canoa trelando pela rua
E a pobreza faminta e semi-nua
Mendigando um bocado pra comer
Nosso povo fiel desabrigado
Esperando o repasto tão cansado
Que chegava da têta do poder.