O Zé do Pito

O Zé não era fazendeiro;

Mas era rico.

O Zé não tinha dinheiro;

Mas era o Zé do Pito.

O Zé não era artesão;

Mas fazia balaio de taboca.

O Zé não tinha profissão;

Mas vendia mandioca.

O Zé não era criança;

Mas era alegria.

O Zé não era sem teto,

Mas quando cachaça bebia,

Era o homem honesto,

Que na rua amanhecia.

Nota do autor: soneto em memória ao Sr. Zé do Pito, cidadão salense de poucos recursos que humilde e honestamente viveu, e fez sua passagem sem dever nada a ninguém. (Donizete de Castilho, Guarulhos/SP, 15.07.2014)